segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Música e mulheres

Todo cara luta por uma menina...

Pois é. Todo cara luta por uma menina, meu caro amigo monocromático. E todo cara ouve música, e todo cara, meu caro, vai associando música e mulheres. Ouve uma música, lembra duma garota. Vê a garota na rua, cantarola a música.

O cara que tem evitado escrever tem uma lista dessa, guardada no armário da mente dele. É uma letra meio difícil de entender, porque são coisas escritas com pressa, mas vou colocar aqui um pedaço do que entendi.

É, eu sei, é algo pessoal dele. Mas e daí?

Sabe o que tava escrito junto com as músicas? Um verso dele que diz: "Eu ia te contar um segredo, mas esquece... afinal, pra que um segredo serve? "


- x -

O quêêêêê... que essa criança tá fazendo ai, toda mocinha?

- Oi.
- Ah, olá, Fernandim!
- Oi, Loyanne... ué, o que você tá fazendo aqui?
- Ah, estava indo pra academia. Fazer Lamba. E você?

Já sabe rebolar.... e hoje em dia, quem não sabe?

- Eu tava indo lá comprar pão pra minha mãe. Posso te acompanhar?
- Ué, mas a padaria não é pro outro lado?
- É, é sim. Mas não tem problema não.
- Mas você vai andar muito!
- Mas vou estar contigo.
- Hã?
- Ah, deixa pra lá...

- x -

Ela estava lá... com o caderno dela. Final de ano, ela escrevendo coisas no caderno. Assinaturas, mensagens de amigas, coisas do tipo. No ponto, esperando o ônibus...

- Oi... - Ele disse.

Eu me ensaio, mas nada sai... o seu rosto me distrai

- Oi. Tudo bem? - ela disse

Sei que tento me vencer, e acabar com a mudez...

- Uhum. É... - ele respondeu.

Quando chego perco, esqueço tudo e não tenho vez...

- Que foi? - ela.

- Jéssica, posso pedir uma coisa?

- Fala, ué.

- Ah... é que... me empresta seu caderno?

- Uh? Tá, ué...

Me consolo, foi errado, o momento talvez
Mas na verdade nada esconde essa minha timidez


Ele abaixa e escreve os versos acima no caderno. Entrega o caderno nela, e ainda abaixado, encosta a cabeça no colo dela, dizendo um baixo "você se importa?"... ela sussurra "sem problemas"...

- Esses versos são seus? - ela perguntou, ao olhar no caderno o que ele escreveu.

- Nada, é uma música. Biquini Cavadão.

- São bonitos. Gostei. Bem sua cara.

- É, eu sei...

...

- Sabe de uma coisa? - Ele diz, por fim.

- O que?

- Sabe, é o que eu queria era isso, ficar aqui contigo, no seu colo.

Ela ri. E sorri.

- Mas... só isso? - ela pergunta.

- Ah... - ele olha pra ela. E fica sem responder.

Na verdade nada esconde essa minha timidez


- x -

Ele estava voltando de São Paulo em um ônibus.

Olhava pela janela e pensava...

"Será diferente agora... as coisas mudaram.
Posso encontra-lá dessa vez e ser tudo diferente. Sei lá, deixar ela com raiva. Raiva, não, decepção. Posso acabar decepcionando ela. Acabou dando errado.
E conversar com ela, nesses momentos, era tão bom. Seria uma pena, uma pena mesmo.
Ah, mas não dá pra ficar assim. Não pode ficar só assim...
Que seja, pode tudo mudar, a música será a mesma.
Só os versos continuam, pelo jeito..."

Nós dois temos os mesmos defeitos...
Sabemos tudo ao nosso respeito...


E ele enxugou uma lágrima, disfarçando.

Pra ser sincero... prazer em vê-la... até mais

- x -

Agora, voltando pra casa dela. Ele, bem longe de casa. Ela, pensando em qualquer coisa.

- Canta pra mim? - diz ela, de mão dadas com ele.

Ele ri.

- Ah, mas... eu sou sem ritmo, Lil.

- Eu sei. Mas eu gosto quando você canta.

- Ah... obrigado. Tá bom então. Hmn... vejamos... que tipo de música?

- Você que sabe.

- Hmn... ♪Às vezes se eu me distraio... se não me vigio um instante...


Me transporto pra perto de você...

E até hoje é assim quando ouço essa música, girl.

- x -

I close my eyes.. only for a moment, and this moment it's gone...
All my dreams.. pass before my eyes, a curiosity...


Essa música aqui não tem história não, mas em compensação, tem um link pra vocês conheceram a moça que me lembra a música.

com vocês, http://www.vivianebotelho.blogspot.com/

- x -

O rock acabou, melhor ligar sua tv.
Ela nunca está.
Ela nunca vai entender.


Ele olhou pra cima. Era carnaval, era uma noite de merda, era bebida que não acabava. O rock tinha acabado, amigos. E nem era hora ainda de voltar pra casa.

Aí, nisso de estar na praça, olhar pra cima, distraído, ele vê ela dando tchau. Ele retribui.

Eu gosto da sua saia sim
Vem deitar perto de mim...


Ele então, deseja bem desesperadamente que ela desça pra vir falar com ele. Naquele momento, ele abraçaria ela, olharia e diria toda verdade. Algo como "fica comigo. Pra sempre. Fica aqui."

Bem, ela não lia pensamentos.

Ou lia, Stéph?

- x -

- Hmn... tá aqui seu livro.

- Ah, obrigada. Eu tenho que ir daqui a pouco ir lá cuidar do alê, então...

- Entendo... me diz uma coisa?

- O quê?

- Tem tanta diferença entre amor e amizade assim?

Porque não eu, aaah, aaah, porque não eu?
Porque não...♪

E silêncio...

E ela:

- Namorados fazem uma coisa, amigos outra coisa. Não confunda as coisas.

- x -

Um comentário:

  1. Legal Fernando, mas tu pode melhorar algumas coisas, tipo, tenta ser mais sólido, denso.
    Sinta e expresse tudo de uma vez só e com poucas palavras...sei lá...

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