terça-feira, 24 de maio de 2011

A continuação que na hora eu não disse.

- Hmn... okay. o que eu não entendo é que do meu ponto de vista, estar contigo (no sentido além de amigos) seria a coisa mais incrível do mundo, e no seu ponto de vista, não.

E não seria assim, nada tão impossível. Sabe, eu já ando contigo, aprendo coisas contigo (tudo bem, são coisas como lavar pratos e cortar tomates e dançar forró, mas tá valendo) e converso contigo... a grande diferença, é que não teria essa coisa que me deixa tão sem graça... de não poder de abraçar quando preciso, de não poder te pedir carinho quando preciso, de não poder dizer que te amo quando preciso...

E eu vou morrer achando que você poderia ter dito sim.

Mas enfim...

Chantagem Emocional - Sou bom nisso

Se eu seguir meu coração
Amanhã acordo de ressaca
Se eu seguir meu coração
Faço uma declaração de amor
Se eu seguir meu coração
Fico com a dor que não passa...
Se eu seguir meu coração
Não vai dar em nada
Não vai dar em nada...

Por isso que eu digo
Que vou seguir seu coração
Você vai negar, eu vou insistir
Você vai desistir, eu vou ficar
Eu fico do seu lado
Eu fico por aqui...
E vou deixando a vida fluir.

Se eu seguir meu coração
Amanhã acordo lembrando
Que você disse não
Se eu seguir meu coração
Amanhã arrebento o portão
Antes de sair de casa
Se eu seguir meu coração
Vão encontrar metade de mim
Debaixo de um caminhão

Por isso que eu digo
Deixa eu seguir o seu...

domingo, 22 de maio de 2011

Descrevendo

O que cada pessoa faz quando está simplesmente esperando?

Eu não sei, mas eu olhava pra ela. Ela estava de olhos fechados. Não dava pra ver direito sua cabeleira, mas imagino que devia estar bem bagunçada embaixo do travesseiro e do edredon que a cobria. Eu, naquela falta do que fazer, do que pensar, ia olhando pra cada linha do rosto dela. Via o nariz pequeno e arrebitado dela, que estava um cadinho vermelho por causa do frio. Via o queixo triangular dela, as maçãs do rosto magras e fundas, algumas espinhas no rosto, algumas marcas... Via os lábios dela, que são finos, rosa-claro. Lábios daqueles que expressavam bem como a dona era; não sei porque, mas na hora, associei aquilo com a imagem de uma menina forte, daquelas que parecem ter mais facilidade em andar a cavalo do que escolher uma roupa da moda. Sei lá, ela também não era bem assim.

De qualquer maneira, com certeza, os olhos dela diziam mais que qualquer outra parte do rosto. Pena que estavam fechados.
Mas mesmo assim, eu sabia como eram os olhos azuis-esverdeados dela.
Tinham uma coisa de surpreendente, porque sempre que ela olhava pra comentar algo, ou às vezes, só olhava pra rir, aqueles olhos pareciam fazer um tipo de telepatia, que dava pra perceber o que ela queria dizer sem ela mesmo ter dito.

Okay, isso é um pouco de exagero. É claro, eu, mero mortal, não faço a mínima ideia do que se passava na cabeça dela. Mas tinha essa clara sensação de que poderia entender fácil, que tava escrito nos olhos dela...

Foi quando esse misto de certeza e dúvida começaram a se mesclar na minha cabeça enquanto olhava pra ela, que decidi levantar e parar com aquilo. Fui pro banheiro, joguei água no rosto e sai de lá.

E na minha cabeça, um pensamento só:

"Deixa isso pra lá..."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Insegurança - Nossa!

Eu queria era só escrever que insegurança tem cura
Mas que com certeza não vai ser curada
Só com esses exemplos babacas que esfregam na minha cara
De que pode dar certo, de que tem que ser enfrentado
De que a vida é mais que esses pedaços de dia
Que vou catando pelo chão enquanto passo...

Não sei, queria te dar forças,
Queria que você me desse um abraço.
Queria te dizer pra ficar tranquila
Pra não pensar no futuro, que já tenho tudo preparado
Mesmo que por dentro eu esteja desesperando
Mesmo que por dentro
Eu já tenha perguntado:
E aí, isso vai durar até quando?

E algumas vezes, queria que você fizesse o mesmo por mim...