quarta-feira, 13 de novembro de 2013

E que cada verso seu
Seja um conselho pra si mesmo
E que cada auto-censura
Seja dada com um beijo na testa
E com um pedido de desculpas.

sábado, 5 de outubro de 2013

Pode ser, tanto faz
São suas caras
Suas cartas
É você quem dá.

domingo, 25 de agosto de 2013

Não, não, eu não sou um político, Baillarina.

Bom Jardim - RJ, 24 de Agosto de 2013.


Hoje acordei pensando no que realmente me faz falta. Pensei sem querer em você. Assim, nessa de pensar e pensar, me imaginei te contando das coisas do balé... Tipo, sei que não é seu assunto favorito, mas você sabe que é o meu, então fica ela por elas, como dizem no ditado popular. Pois é, eu parei de fazer balé. E como sinto falta. E não sei dizer se sinto mais falta sua, ou do balé, mas me imaginei contando pra você a comparação, porque tem tanta coisa em comum...

Você lembra daquela peça no subsolo do Galpão? Você gravando desajeitado com a câmera, eu dançando. Haha, você não sabe o nervosismo que deu antes da apresentação. Eu estava calma, juro, até os quinze segundos antes da apresentação. Era uma peça sincronizada (será que você reparou isso?) e tinha coisas que se eu errasse, todo mundo podia errar junto. É, eu tava carregando uma boa responsabilidade naquela apresentação. Algumas meninas nunca tinham se apresentado. Poderia dizer até que elas me passaram o nervosismo delas pra mim, mas não foi isso também.

Foi mais... hmn... você lembra daquela vez que você mandou uma mensagem, dizendo que tinha algo pra me perguntar, mas sem explicar o que era? Foi a mesma sensação. Nos conhecíamos tinha pouco tempo. Nos encontramos na praça, naquele dia, eu com minha camisa da Nossa Senhora e você com cara de quem tinha saído de uma sessão de tortura, haha. Não lembro se você disse algo demais, mas lembro da expectativa que senti desse encontro. Nos dois casos, tinha uma coisa em comum: eram momentos importantes. Para mim, ao menos.

Ah, mas balé não era só apresentação e frio na barriga. Tinha ensaio. E dos ensaios, sempre sair dolorida, cansada, exausta... e satisfeita. Poucas coisas do meu esforço compensavam tanto quanto ensaiar no balé. Fazer alongamentos, exercícios, passos, ouvir quinhentas vezes o mesmo trecho duma música lenta só para aprender uma transição perfeccionista.... Doía. No final, muitas vezes já cheguei em casa apenas torcendo pra encontrar minha cama depois de um banho.                              

E na semana seguinte, mesma coisa. Mesma coisa, mesma coisa, até que eu percebia que nos alongamentos, estava conseguindo mais flexibilidade. Nos exercícios, mais força e velocidade, nos passos, mais sincronicidade, mais domínio. Era uma evolução lenta, mas incrível. Sinto falta dessa noção de que o esforço vale a pena, sabe?

E... pra não perder a comparação, contigo também teve coisas que doíam. Aquela mensagem que você demorava anos pra responder doía mais que chegar em casa com as pontas dos pés arrebentadas de ensaio. Ficar semanas sem te ver me cansava tanto quanto repetir dezenas de vezes o mesmo movimento. E quando você falava daquela K... ah, aí não tem nenhuma dor pra comparar. Era pior que tudo.

Só que, a fim de comparação, posso dizer que até dessas dores, aprendia. Você sabe, né?

Sinto falta do balé. Sei por quê.

E de você? Haha, tenta descobrir =)

domingo, 28 de julho de 2013

Tá na hora de escrever um texto. De falar a verdade.

Eu sou um imbecil. Um idiota, um babaca. Me perdoe se em algum momento eu pareci algo diferente. Não, eu não sou diferente. Eu não sou inteligente, não sou uma boa pessoa, nem sou nada do que sempre quis ser.

Sou apenas um egoísta ouvindo blues.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Parafraseando Cazuza

Por mim, estariamos subindo as paredes
De tanto amor, namorida
Não só matando a sede
Mas se afogando na saliva.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Deeeeeeeeeeeeus, me proteja,
Faça com que não a veja
Porque se eu a ver vai doer
Que nem tiro de escopeta

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Sabe porque deu errado?
Sabe porque deu errado?
Porque quando ela dizia
"Azul é amarelo"
Você respondia
"É mesmo, sabe que eu nem tinha reparado?"

Por isso que deu errado...
Por isso que deu errado...
Se azul não é amarelo
Você podia ter falado.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Canção do Abandono

Te rogo um feitiço
Pra que quando você estiver só
Sonhe comigo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Uma música que conta duas histórias

Não posso afirmar com certeza absoluta, mas acredito que a música "Refrão de Bolero" do Gessinger contas duas histórias.

A primeira, na versão original, agitada, desesperada, Gessinger está pedindo desculpas o quanto tem que pedir. Está arrependido de algo. Ele chama a Ana e conta pra ela o como seu erro infantil está perseguindo-o.

Mas na segunda versão, do acústico, ele não chama mais ela. Ana não aparece na música mais, embora os versos que rimem com seu nome continuem (sacana/cigana/engana). O único arrependimento dele aparece quando ele diz "eu fui sincero, sincero"... Dessa vez, é como se ao invés dele pedir desculpa, ela que devesse desculpa à ele.

Ele tirou uma palavra da música... e mudou o ponto de vista inteiro da música. Virou a mesa com uma única cartada.

Que coisa, não?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Você já viu o filme "Efeito Borboleta"? (não lembro o nome no original).... bem, espero que sim. Se não, lá vem spoiler.

Enfim, caso não conheça a história do filme, se trata de um garoto que tem a habilidade de voltar no tempo através de memórias dele. Ele volta no tempo e altera uma porrada de coisas, de acordo com que acha que vai trazer o futuro melhor... Mas o futuro melhor que ele imagina, no geral, é terminando com a garota que ele gosta e com os amigos em situação boa.

Só que ele não consegue. Ele tenta de toda maneira, e não consegue.

No final, ele olha pra ela e diz:

- Eu te odeio, vou matar toda sua família se me ver novamente... (ou algo do tipo).

Ele diz isso porque precisa se afastar dela. Porque é a única maneira do futuro se acertar.

Merda, cara, isso tá errado. Isso tá completamente errado. E de certa maneira, cabei de passar por isso. Acabei de fazer isso (ou fizeram comigo? não sei).

Eu não sei voltar no tempo. Mas aprendi a dizer "nunca mais".  Nunca mais é nada mais que um "até logo" pra aqueles que você acha mala. Sabe? (essas últimas duas frase foram as maiores mentiras da minha vida, mas faz de conta que não são, please).

Disseram nunca mais pra mim.

É a única maneira... do futuro... se acertar?