terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Aluna perdida?

- Hmn... e se eu indicasse alguém para ser sua aluna? - Perguntei a ela, com firmeza.
- Aluna? Como assim?
- Ué, aluna. Pra aprender contigo.
- Ih, Fernando, você pirou de vez. - em tom de escárnio. Ela parou, riu um pouco e continuou:
- O que você acha que eu teria pra ensinar? Não sou formada em nada e...

Eu dei um suspiro. Daqueles impacientes.

- Você ensinaria sobre a vida.
- Como assim?
- Você aprendeu várias coisas com a vida que levou, não aprendeu? Coisas sobre sexo, homens, mulheres, emprego, falsidade... sobre escrever. A menina que quero que seja sua aluna também precisa aprender sobre essas coisas. E ela também gosta de escrever. Deixar ela sozinha seria um desperdício.

Ela silenciou... dessa vez foi ela quem suspirou impaciente.

- Olha Fernando... o que você tá me pedindo é completamente sem pé nem cabeça. Você quer que eu ensine ela a escrever? É isso?
- Não. Não é só isso...
- Então, o que você quer? Que eu conheça uma desconhecida que não tem nada a ver comigo, e comece a dar conselhos e palpites sobre o que ela deve ou não fazer?
- Não são "conselhos e palpites". Guie ela. É isso.
- Guiar? Puta merda, Fernando. Eu não sei nem pra onde eu tô indo.
- Mas...é, você tá certa. Deixa pra lá...

Fez-se um silêncio inquietante...
E aí na hora que levantei pra sair, ela disse:

- Mas porque você quer que ela seja minha aluna?
- Não sei. Tive essa intuição só.
- Hmn... e foi só intuição?
- Não importa. Você não topou.
- Você vai me deixar curiosa, é?

Vou. E fui embora.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pro Voltinha

Voltinha,
É como vou chamá-lo
Pois vez ou outra
Você cisma com uma coisa
E quando perco à rédea
Volta a me rodear

Voltinha,
Não tem volta
Nem toda sua revolta
Vai fazer ela voltar...

Vou precisar de ajuda para ajudá-lo
Eu sei que é complicado (ah, e como sei)
Também não gosto de finais,
Mas afinal, não haverá paz
Se ao invés de seguir em frente
Você sempre quiser voltar atrás

A paz não fica lá trás e você sabe
Se ficasse, bem, admito que não sei
Ainda não sei, mas vou aprender
Não quero mais te ouvir
Se você já me disse isso
Se você só tem isso
A me dizer...

O que mais você tem
Pra me dizer?

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Rascunho de Letragem - Vamos acabar com o baile

Essa galera nova já chega se achando
Achando que por serem tantos
Já são os donos da situação
E que o baile é deles e somente deles
Sobrando pra gente esconder o nosso som (x4) (obs: criar verso ritmado pra intercalar)

{Dá-lhe dá-lhe choro!
Dá-lhe dá-lhe dor!
Essa vai pra quem tá achando que sabe
Não tá sabendo que moda passa, vamos acabar com o baile!

Dá-lhe dá-lhe dor!
Dá-lhe dá-lhe choro!
Não é da minha conta, nem da minha parte
Mas nós vamos, nós vamos acabar, acabar com o baile!} (x2)

(obs: falta o final)

domingo, 21 de outubro de 2012

Roses don't speak - Cartola

And again, my hearts
Full of hope beats
While the summer is vanishing...
Anyways...

So, I'm back to the garden
With the sure I should cry
Because I know
You won't back to me...

I complain to the roses,
That's so silly
Roses don't speak
They just exhale
The sweet scent
Stealed from you, oh...

You shall come here
To see my sorrowful eyes,
And, who knows,
Dream my dreams
And so...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Confesso: me sinto mais elogiado quando as pessoas me chamam de bonito do que quando me chamam de inteligente.

Ainda não sei o porquê disso. As teses são:

a) tenho segurança quanto à minha inteligência, mas sou completamente inseguro em relação a minha aparência, por isso prefiro elogio da segunda.

b) por talvez ser afetado por um pseudo-intelectualismo (é uma coisa que tenho medo de sofrer), eu seja na verdade realmente superficial, preferindo aparência do que inteligência, e isso se reflete em preferir os elogios à primeira.

c) elogiar aparência parece que exige mais intimidade do que elogiar inteligência (pelo menos, em relação a mim). E acho que gosto dessa intimidade que se cria. Quase como quando uma pessoa confessa algo.

É... e agora?
Sabe de uma coisa? Acho que deveria ser tomada uma medida pra regularizar ainda mais as pesquisas eleitorais e suas divulgações. Os institutos responsáveis (IBOPE, Datafolha, entre tantos outros...) deveriam ao serem contratadas assinar dois termos para fazer a pesquisa eleitoral: um para/com a contratante, constando nesse termo um anexo que obrigaria a contratante ao divulgar a pesquisa informar toda bibliografia que serviu de base teórica para conduzir a pesquisa. (Mas todo material MESMO!). E o segundo termo seria um termo de responsabilidade, no qual o Instituto em questão se responsabiliza da veracidade do resultado da pesquisa (incluindo margem de erro) com o resultado real, sendo que se houvesse diferença acima ou abaixo da margem de erro, o Instituto seria processado.

Em português claro: se fosse feita uma pesquisa eleitoral de fulano e siclano, na pesquisa foi prevista 40% pra siclano, 60% pra fulano, e com margem de erro de 3%, no resultado final dá fulano 55% e siclano 45%, a pesquisa está errada. E o Instituto que fez a pesquisa tem que ser processado, só não sei exatamente se por fraude, estelionato, má prestação de serviço (É um serviço de pesquisa que não condiz com a realidade) ou algum outro. Acontecendo dessa maneira, os institutos iam ser obrigados a serem mais profissionais, colocando a margem de erro no patamar real e assustador que normalmente é. (Já pensou, abrir o jornal, e ver o Datafolha divulgando as pesquisas de Freixo e Paes com  os 14% de margem de erro que ocorreram?)
A esperança
tola
e pouca
É de que um bom esporro
mude uma pessoa.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Histórias de Bom Jardim

Geripapo com mandioca
Junta tudo na vitrola
E deixa o som rolar

Porque quem tem
Tem também que dizer não

E quem pode evita
Dá um boi pra não entrar
Mas uma boiada
Pra ficar na briga.

Mas só mexe quem pode
E não mexe quem quer
Um dia o coelho
Foi mexer com o jacaré

Acontece que o coelho
Correu, correu, correu
E nos últimos trezentos
Jacaré o comeu.

Mas há quem o diga
Numa tarde de sol em libra
Volta o coelho, vermelho e dourado
Pra derrubar o jacaré
Se o jacaré não tomar cuidado.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Desaparecimento

Agora, não pergunte porque, pra quê, no quê, com quem ou por quem. Tô fazendo isso, mas só por isso. Porque é isso que tem ser feito.

Mentira. Tô fazendo isso apenas pra ter uma boa conversa antes de ir dormir. Todo dia acaba assim: eu querendo salvar o dia com uma boa conversa. Pra no dia seguinte, eu ter no que (e talvez, em quem) pensar.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Planos para logo

Desabotoar sua blusa
E sabotar o sistema.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eu tenho tendência a acreditar nas coisas que me distraem;
Isso é um perigo: ter essa vocação pra alienado
Porque acredito, até a crença começar a incomodar
Depois desconfio, até descobrir o que há de errado
Mas já me diziam, e repetem o ditado:
"Quem acha que todo mundo inocente
É o primeiro a ser roubado"
E pra completar, uma verdade:
Tudo que você acredita te leva um pedaço
Para que sempre falte algo
Sempre falte algo.

sábado, 22 de setembro de 2012

Desconstruindo o mito do "Voto Consciente"


É ano de eleição. E como todo ano de eleição, temos além das campanhas dos candidatos, a campanha (normalmente governamental) do Voto Consciente. Afinal, o que é exatamente voto consciente?

Se você tem preguiça de questionar coisas que considere óbvias, sugiro que pare por aqui. Esse texto não é pra você. Obrigado.

Não sei se existe bem uma definição para voto consciente, mas as maiorias das campanhas e discussões sobre voto consciente são pautadas em cima de dois argumentos principais:

a) não venda o voto;
b) vote em um candidato que você conheça a história/propostas.

Até aí tudo bem, tudo bonitinho, politicamente correto, perfeito pra ser apresentado em palestras demagógicas e coisas do tipo. Bonitinho demais... e aí que mora o problema. Essa "boniteza" toda na verdade tem como objetivo te distanciar da política do que te aproximar dela. Faça um teste quando tiver tempo: pergunte nos seus amigos, parentes, pais e professores em como eles se comportam durante 4 anos quando o político que eles votaram perderam as eleições (supondo que eles tenham votado conscientes). Eles, por força dessa propaganda, ficam com a consciência limpa. E sabe o que isso acarreta? Eles deixam de lado sua participação política em troca dessa consciência limpa. Uma coisa como "ah, fiz o que pude, posso fazer o quê se o povo é burro e elegeu fulano? Eu votei em siclano... se fosse siclano, a história seria diferente..."

Preste atenção na maioria das campanhas para voto consciente: quase todas elas fazem uma chantagem psicológica do tipo "se você vender o voto pra beltrano, como você vai poder exigir algo dele depois?" As campanhas simplesmente te amarram ao candidato que você votou. Porque elas fazem esta chantagem psicológica? 

Para entender melhor, imagine a seguinte situação: estourou canos na rua onde você mora. Está vazando esgoto pela rua toda, o cheiro está incomodando, e corre o risco de atrair animais como ratos e baratas. Você tem que fazer contato com o poder público pra poder exigir que seja resolvido o problema... Mas você na eleição passada não votou naquele candidato, e sim no candidato que perdeu. O que você vai fazer? Ficar em casa não vai resolver nada, certo? Você não iria lá exigir (mesmo que não fosse atendido) que fossem tomadas providências, praticamente do mesmo jeito como se tivesse votado no fulano?

Esse é o quê da questão. Se você vai (ou ao menos deveria) se comportar exatamente antes e depois das eleições, qual a função real do "voto consciente"? Facilitador de tomadas de decisões? Não me leva a mal, mas é arrogância demais acreditar que uma necessidade será atendida por causa de um "eu votei em você, você me deve isso". A chantagem psicológica é de via única, baby.

O que sobra, então? Eu não sei porque, mas sempre que ouço campanhas da festa da democracia, elas me soam mais como "agora que você votou, sai daqui e não encha mais o saco!". A quantidade de propaganda que eles fazem em cima do dia da eleição e sobre a importância da mesma segue bem o roteiro de "Como tratar conselheiros", do livro "O Príncipe", de Maquiavel. Mantém alguns conselheiros por perto, consulta quando quer (e não aceita nunca que os conselheiros deêm palpites sem terem sido consultados) e às vezes faz um agrado. E adivinha: você não é o príncipe, você é um dos conselheiros que são usados. Não só você, nesse momento, eu também, e provavelmente muita gente que você conheça. Bem à margem das decisões reais.

Ainda seguindo a linha maquiavélica: imagine que um grupo de conselheiros tenha decidido que precisam intervir nisto. Eles precisam ser ouvidos! (assim como no exemplo acima, do cano estourado) O que eles têm que fazer? Você no fundo, sabe a resposta.... pressionar o príncipe. Insistir, através de todos os meios, até dobrar a vontade do príncipe.

Trazendo isto pra vida real: o que você tem que fazer? votar consciente?

Ou ignorar o teatro que é a eleição e começar a pressionar os caras que foram eleitos, para que eles te escutem?

Ou falando mais bonito: começar a fazer política de verdade?

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O vilão se faz de vítima
All the time.
Aprendi a ser vilão
Ela diz:
"Deixa de bobagem"...

E tomamos café com fé e ka.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ultimamente tenho ido dormir com a sensação que meu eu do futuro vai inventar uma máquina do tempo, aparecer aqui no meu quarto, me dar três tapas na cara e dizer "toma vergonha e vai dar atenção pra menina que merece".

Zé Cavaleiro Confessa

Eu sei que amor
Que é amor
Não se mede
Mas amor demais
Não me serve
E amor tanto amor
Só me fere
E só...

Comigo ferido
O caso inverte
Ao invés de amigo
Sou uma peste
Que arranha e grita
Irrita e fere
E só...

Eu sei que amor
Que é amor
Não se prova
Amor é vivido
E é agora
Você diz: "amor?
Amor uma ova!"
E sai...

Me enche de pavor
Encho a cabeça e não durmo
Alimento um tumor
Mas preciso desse fumo
Não sou bom pastor
Não serei bom defunto...
E não!

Não fique longe de mim
Não fique longe de mim
Não fique longe de mim
E você
Se vai...


Hoje vi um documentário no Discovery Channel, sobre répteis. Crocodilos territoriais que se posicionavam estrategicamente juntos num período do ano para devorar peixes.

Fiz carinho na Pérola (cachorra que mora aqui em casa). Vi o documentário (trechos) de Carl Sagan sobre vida e espaço. Li no wikipedia sobre o paradoxo de Fermi. Li artigos sobre Kabbalah e espírito.

Mas vou dormir sem conseguir juntar essas peças.

domingo, 9 de setembro de 2012

Cotidiano-ema

Depois de comer e cagar
Uma das melhores coisas da vida
É apagar antes de mandar
A merda que eu poderia falar

Mas só, das coisas cotidianas, tá?

sábado, 8 de setembro de 2012

Era a última provação.
Uma estátua de pedra, do tamanho de uma pessoa, impedia de atravessar o portal. A estátua tinha o busto de um homem, nu, num estilo romano. Em sua cabeça, faixas em gesso acima da sua testa lhe davam aparência de um guerreiro ferido.

A estátua fechou as duas mãos, esticadas, e cruzou os braços, igual aquela brincadeira de "escolha um".

Ele olhou incrédulo para a estátua e as duas mãos, fechadas como opções. Deveria escolher uma das mãos?

"Às vezes me pergunto...", disse a estátua enquanto abria a mão esquerda, "se as minhas opiniões são realmente minhas."

A estátua mostrou a mão esquerda vazia. Fechou a mão lentamente.

"E agora te pergunto" continuou a estátua, desta vez abrindo a mão direita, "suas opiniões... são realmente suas?"

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Queria compartilhar com alguém...
Uma música do Simon and Garfunkel
"Scarborough Canticle" é o nome dela
Mas a pessoa tem que estar do jeito que estou:
Ouvindo não a letra, nem o violão
Mas sim o todo...
Mas sim, ouvindo os passinhos
De uma garotinha de vestido florido
Mas sim, ouvindo os suspiros
De um jovem na sarjeta implorando pela vida
Mas sim, atravessando um campo
Azul-acinzentado
Mas sim, imaginando o sorriso
Da garotinha de vestido florido

É, não dá mais pra ir além disso
Quero compartilhar essa música com alguém
E perguntar nela o que ela está pensando
Queria ela deitada no meu colo
Olhando nos meus olhos
E dizendo
"Estou em paz"

Mas sim,
Só sei querer
E dizer
"Foi sem querer"...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Indiretas Futebol Clube Apresenta:

Aproveitando a inspiração
Que a bebida dá
Vou dar uma kartada
Bem kamuflada
E é bem kapaz
Que só uma karota
kaptar.


Versos de quem vai morrer sozinho

Eu deveria esquecê-la
Mas meu bem, eu não consigo
Ainda acredito que um dia
Eu vou estar com ela
E ela vai estar comigo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Em mim misturo bem e mal
Como um cozinheiro inexperiente
Colocando açúcar ao invés de sal
E, por gosto demais,
Acaba com gosto de nada.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Uma frase pra adicionar aspas e meu nome.

A vontade procura motivos.

Pra Superar

As pessoas falam de superação o tempo todo...
Não, não, esse começo tá muito clichê. E muito generalizado. Deixa eu tentar de novo.

Com o advento da internet e a popularização das redes sociais, se tornou mais fácil "ouvir" as pessoas... e uma coisa que você vai ouvir muito será a tal da superação.

Não, muito científico e enrolado. E generalizado. Let's do it again.

A superação é necessária?

Não, filosófico demais. E o pior: é do tipo filosófico-pseudo-desafiador. De novo.

Um dia, conversarão contigo sobre superação...

Melhorou, mas... tá muito "sei lá". (pra constar: muito "sei lá" é também um tipo de generalização da minha cabeça. Força um cadinho que você entender a essência da coisa).

Não dá, porra, pra falar de superação.

Muito agressivo.

Muito exigente.

Fora de contexto.

Não sei falar sobre superação. Não gosto de falar sobre superação. É isso que você quer ouvir?

Muito sincero e desnecessário.

Aliás, pseudo-sincero. Você não tem como provar que é sincero.

Nem você. Nem ninguém.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Eu já entro esperando o tiro
Ela agora tem tempo pra pensar
E ela vai atirar.
Espero o tiro.
Alguém me tira daqui!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Preciso de alguém pra me explicar
Qual é a cor da confusão?
É azul, solidão do mar?
Ou branca, sermão em um altar?
Vermelha, desgraçada

Ou não tem cor?
É só aquela confusão desumana?
De um pai rejeitado pela sua criança
De um amor que desanda
De um tiroteio no meio da ciranda?

Sabe qual a graça dos dias cinzas?
Dizer pro nada, que nada está tão mal
Que não possa piorar...
Dizer pro nada, que nada vai dar fim
Em tudo que tento acreditar
Dizer pro nada, que nada vai...
Nada vai...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Uma ideia bizarra

Tive que deixar isso aqui anotado. (na verdade, queria discutir esse assunto com alguém, mas não tem ninguém on que fosse entender o quê da questão).

Tipo assim (bem fulero mesmo), alguém aqui já tentou ter dois pensamentos ao mesmo tempo? Por exemplo, enquanto você tá lendo isso aqui, imagino que esteja ouvindo uma "vozinha" que são seus próprios pensamentos absorvendo as palavras... então, já tentou por um acaso fazer isso duplamente? Tipo, desenvolver duas linhas de pensamento paralelas, mas simultâneas? (seria algo parecido com um computador processando duas tarefas).

Assim, eu nos meus ensaios aqui não consegui não. Pra tomar um pontapé inicial, tentei imaginar uma palavra (uma simples: "azul") enquanto tentava formular outra palavra na cabeça... tipo, a "vozinha" estaria dizendo amarelo, mas a imaginação estaria formando a palavra azul. A tentativa não deu certo pelo menos comigo porque quando eu formo a imagem da palavra, a vozinha já diz o "azul" na mesma hora, aí não são dois pensamentos simultâneos, mas só seguidos. (como normalmente acontece).

Eu sei que é uma coisa/habilidade inútil, mas fiquei imaginando de bobeira se quebrar pequenas "barreiras" no raciocínio que nem essa teria consequências... sei lá, tipo potencializar a inteligência.

E aí, o que acha?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Attenção

A atenção é dela é como um fio
Calibrado pra desequilibrar
E em qualquer falso A
Desaparecerá no ar

Como aqueles tipos de sonho
Que você tá acordando
Mas ainda quer sonhar
A atenção dela
Escapa...

Folha, vento, nuvem, navalha...
A atenção dela
Escapa...

Terra, chuva, frio, uma casa...
A atenção dela
Escapa...

Eu quero falar de amor
Ela só fala daquele cara
Desisto, falo de guerra
Falo de raiva
E o fio vai se desfiando
E eu vou caindo no precipício
Tentando me segurar
Mas... escapa.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eu conto pros meus camaradas
Os meus sonhos divertidos
Mas meus pesadelos...
Só pros meus melhores amigos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A vingança vai ser dessas
Dos contos de terror
Sem pena, nem pressa
Só dor.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ók...

Nesse momento, faço um desenho
Pra uma pessoa tão distante
Quanto as pirâmides do Egito
Pensei num verso em terno e gravata
Eterna bravata em um rabisco.
Se você me perdoar
Paro de fazer versos
E tento só ser seu amigo.
Mas como você não lê o que escrevo
Nem escuta o que digo,
Me resta a tristeza,
Mas deixo a cerveja cuidar disso.

Quase riscado.

Arrisco dizer que nesse momento
Preciso de mais rascunhos
Mais coisas pra deixar incompletas
Mais pessoas para plano B.

Arriscaria até dizer mais;
Só duas coisas fazem um homem sentir-se Deus:
Ou um bom carro e ou um alto cargo.

E arrisco dizer, e ser riscado:
Vai dar fumaça no seu aniversário
Ninguém é inocente dentro desse carro
E você pedindo pressa pro apressado
Ninguém é imortal nesse motel, eu acho
Vai dar poste se continuarem tão rápido
Vai dar choradeira no noticiário.

Não vai dar em nada,
E o conto está quase riscado
Vai dar cadeia um dia,
Essa história de ser mal-amado.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

777 pensamentos de bebum

1º - Sempre que você pensar em um título, você só lembrará do que lhe é marcante (como por exemplo, o 777 do título acima)

2º - Você descobrirá todas as pessoas pra quem ela dá mole, mas mesmo assim, no dia seguinte, estará tudo bem.

3º - Seu melhor amigo falará contigo no facebook, fazendo que você esqueça todas as outras coisas que você pensou em escrever.

4º - Você correrá risco de vida, descobrindo que correr risco de vida é uma das melhores maneiras de se divertir.

5º - Haverá momentos em que você irá pensar "QUE PORRA ESTOU FAZENDO AQUI?!" e mesmo assim, o final da noite você dirá que está tudo bem....

6º - Você sempre esperará que ela esteja online quando chegar no msn...

7º - E mesmo se ela estivesse, você nunca teria o tempo todo do mundo pra dizer pra ela o que realmente quer dizer...

Porque, no final das contas, você só quer estar com ela... e só.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O mundo não é perfeito...

O mundo não é perfeito. Se fosse, neste momento, eu estaria vendo sol nascer, abraçado com ela, em alguma rua boba e comentando as formas das nuvens misturadas com o azul escuro do momento... E explicando nela que aquilo era tudo que eu sonho... Contando pra ela como algumas vezes ficava imaginando que pelo jeito, nosso primeiro beijo iria ter um monte de gente batendo palma e um coro no fundo cantando "Hallelujah". Mas o mundo não é perfeito. Neste momento, ao invés da perfeição pedida logo atrás, eu tenho apenas um teclado e um mundo de ideias e insatisfações na frente. Bem naquele esquema: "muito pra reclamar, pouco pra acrescentar", sabe?

É que... ela se importa. Se não se importasse, hoje ela não teria esperado tanto. Não teria conversado tanto... Não teria... sabe, dito o que ela disse. Mas, ela disse que disse, e me deixou aqui. Eu não queria estar aqui... Acho que logo o sol vai nascer. E há milhares de pessoas no mundo (assim espero, ao menos) que veriam esse sol nascer comigo e sorrindo, quase como descrevi... Maaaaaaaaaaaas... (eu falei tantas vezes esse "Maaaaaaaas" com ela, tive que citar aqui)... Maaaas nenhuma pessoa substituria essa coisa que tenho com ela quando converso e danço e brinco e convivo com ela. E até mesmo essa coisa que tenho quando brigo, discuto, e me desentendo e fico arrependido algumas horas depois, não teria substituição.

O mundo não é perfeito. Se fosse, ela entenderia isso tudo e não ficaria nisso de...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Filha de Mar... Ste'l a Heart

- Então, como foi?

E eu respondi:

- Ah, ela não foi...

- Não?

- Não. Fiquei esperando ela tanto que cheguei a contar a história da minha vida pra um cachorro... Duas vezes. Aí na terceira eu desisti.

- HAHAHAHA! Pô, Fernandinho, fala sério!

- Ah... Okay. Falando sério então: eu esperei ela até começar a escorrer lágrimas dos meus olhos... Então descobri que não queria que ela me visse assim. E fui embora.

- Nossa...

- Pois é... A única coisa que posso dizer é que esperei. E esperei...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

The World is a Mill - Cartola

Still so early, my dear...
You barely started to live,
And already thinks about the time to leave,
Even you don't figure wich way gonna go...

Listen me, my dear...
I know you already decided, but be wise...
In every corner fall pieces of your life
Soon, you'll not be what used to...

Listen carefully, my dear
Watch it, like a mill, the world is mean
Will crush your puny dreams
Will drag your illusions down

Listen, just listen, honey
From every love, cynism will prevail
And when you note, you'll be facing the abyss
Abyss created by your own fails....