quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ctrl+c Ctrl+v do Travian.

victor escreveu:

e ai tudo bem tem muitas tropas

Cantres escreveu:

Ah, tudo bem sim. não, não tenho muitas tropas ainda não, mas tô fazendo. E você?

Ah é, você já foi no fórum? Aparece lá pra se apresentar. Tem que agitar o pessoal a usar o fórum.

victor escreveu:

nao, nunca fui ao forum pra que eu vou pra falar com outras pessoas

Cantres escreveu:

Pra quê falar com outras pessoas? Conhecê-las melhor... aí quando você for perguntar as coisas, elas vão te responder. E principalmente, quando você for pedir ajuda, pessoal vai saber quem você é e vão te ajudar... mas agora, se você não falar com as outras pessoas, isso fica complicado, né?

E aliás, falando com as outras pessoas, você melhora seu português e aprende a escrever melhor.

victor escreveu:


porque vc esta insinuando que eu não escrevo serto

- x-

Nesse momento, tô pensando numa resposta pra esse indivíduo.

É, acho que não adianta dizer nada. O argumento do cara é bom, ele ganhou a discurssão.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mas se a palavra insegurança não existisse, eu teria inventado um sinônimo pra essa palavra muito muito rápido.

E provavelmente batizaria com seu nome.

E a homenagem não é por você ser insegura. É por você causar isso em mim.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Diálogo do trabalho

- É, você tá com cara de cansado de novo ein...

Pra completar, ao ouvir isso eu dei um bocejo com som de "é..."

- Segunda-feira é complicado, eu sei. Dá uma preguiça de acordar, um desânimo, né?

- Ah é... Mas não é por causa de ter que acordar cedo que fico desanimado não.

- Não? Então é por que?

Se eu fosse sempre sincero, a cena teria terminado assim:

- É por causa dos finais de semana solitários que fico desanimado...

...

Pena que não sou sempre sincero e respondi só um "ah, é porque durmi pouco."

domingo, 26 de setembro de 2010

Clipes que ficaram no meu subconsciente

Tem coisa que é fácil de lembrar, que você lembra quase sem querer. Coisas que ficaram gravadas da época que você não entendia o que acontecia.

É lógico que isso já aconteceu contigo.

Hoje eu tô caçando os clipes que eu lembro desse jeito. E qual é a imagem principal que tenho associada.

- x -

"Lambada", do Kaoma:

Putz, essa aí é um clássico... a música só continha basicamente o "Chorando se foi, quem um dia só me fez chorar..."

Mas, mais clássico ainda é o clipe dessa música. Busca aí na memória, não pode ser só eu que mentalizo de cara a saia rodada voando, aquela saia preta, revelando um biquini preto também. Acho que quando vi essa cena pela primeira vez, eu não era nem um adolescente. Porque não lembro de ter achado aquilo erótico (e aquilo era pra ser o.o), e sim algo mais "marca-época".
Depois disso, ainda vem a mini-história que é só contada entre olhares. O garoto moreninho apaixonado pela garotinha loirinha, que o pai/padrasto/dono do bar não deixa a dança deles acontecer. Aquilo era impressionante pra mim na época. Acho que até já imaginei o que os personagens queriam dizer. Hoje parece bem óbvio de entender.

- x -

"Smells like teen spirit", do Nirvana:

Tem muito clipe do Nirvana que eu lembro de ter assistido uma porrada de vezes. E isso porque a onde do Nirvana pós-morte do Kurt Cobain já tinha passado.
Mas até hoje, os pézinhos com all-star batendo logo no começo da música me dão frio na barriga. Tem gente que diz que a cena da geração grunge em clipes é a do "Jeremy", do Pearl Jam, quando o garotinho pega uma arma e se mata na frente da sala de aula.

Bosta nenhuma! Os all-stars ansiosos do começo de "Smells" pega bem melhor a essência do que o grunge causava de mais notável: a sensação de que "é agora". E como esse "é agora" se resolve?
Não é com o velhinho dançando com uma vassoura e nem com Kurt amarrando a corda da guittara. Esse "é agora" não se resolveu. Até hoje.

- x -

"Hit that", do Offspring.

Começa com o cão. Só do cão aparecer você já sabe do que se trata. Vai dar merda!

O cachorro desenhado num tipo maluco de 3D dispara correndo. Aparece o cara azul atrás dele, revoltado.

Vai dar merda, mermão, esse clipe transpira um "vai dar merda", criando uma expectativa do cão. Com 12 anos, eu não entendia o que acontecia, quando aparecia no final a cena do cara azul com a tesoura na mão.
É, quando entendi... putz, deu merda mesmo. =X

- x -

"Anna Julia", do Los Hermanos

Tem outro clipe de baile que eu não lembro de quem é, e que seria o que eu colocaria aqui. Mas é estrangeiro, eu não lembro o nome do artista nem da música, só lembro dos all-stars da garota e do tímido apaixonado. ( se alguém souber que clipe é, coloca o nome lá nos comentários, please. Deve ser algo tipo Wezeer ou Radiohead, é uma coisa bem lenta, depressiva.)

Enfim, explorando o tema de tímido apaixonado e garota dançante em baile, "Anna Julia" serve. Porque também é um clipe marcante, ainda mais pela intro dos "personagens" da trama. E principalmente porque a letra casa perfeitamente com os relances da história... ainda mais nos primeiros versos, os "quem te vê passar assim por mim... não sabe o que é sofrer..."

- x -


"Lua de Cristal", da Xuxa


Lua de Cristal, eu sei, é tenso. Mas é parte da mágica da rainha dos baixinhos, conseguir guardar um espaço no subconsciente de quem a assistia.

Bem, não é exatamente um clipe. Eu lembro é dum trecho do filme, acho que o final do filme já, quando a Xuxa sobe num palco, lembra da infância dela toda num relance e começa a música. Essa clipe também tem uma "história de olhares", principalmente na parte que tem um velho observando as crianças dançando, e o olhar dele tá lá dizendo: "é, talvez ainda tenha jeito". Como uma pessoa que tinha perdido as esperanças e naquele momento tá se arrependendo.

Engraçado que eu vi essa cena no máximo uma ou duas vezes, e fiquei com ela gravada na memória.

- x -

Bem, acho que por enquanto tá bom. Sei que tem mais coisa (principalmente em relação as cenas de filme também, como a de um dos anos 90 de um grupo de estudantes que tentam descobrir o que há depois da morte...) mas deixa isso pra depois, quando eu tiver com essa aura nostálgica de novo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aliás, é só comigo?

Só comigo que arrependimento parece com uma vontade de enfiar o dedo na garganta pra ver se vomito toda a culpa que sinto de uma vez?

Rascunhos de poemas feitos na aula de Braille

Ela quicava
E tudo girava
E tudo gritava
Depois dissolvia

E ela, exausta
Perguntava da alma
E eu nada dizia

Nada diria:
Que pra ela era pecado
Pra mim era magia
O que ela havia negado
Eu não poderia

Eu era sentimento
Ela, infelizmente
Não sentia
Eu nada dizia
Que eu diria?

Não bastava
Nada serve
Quando é a pele
O que rege
A palavra.

- x -

Olha esse cara
Como esse cara é
Sentou-se no vaso
E sentiu-se maomé
Foi chutar o balde
Arrebentou o pé.

- x -

Era ir pra rua
E começava o temporal
Aí eu adoeci
Fui parar no hospital
Eis que a chuva parou
E voltou o carnaval

O azar me ama
Eu, na minha cama
Sentindo dor;
O carnaval passando
Só melhorei quando
O carnaval acabou.

- x -

Ps: Estreia da postagem via e-mail

domingo, 19 de setembro de 2010

Goles

Não fez sentido algum.

Mas mesmo assim, não quero olhar no dia seguinte e perguntar... "hey, o que eu quis dizer?" pra mim mesmo.

Fala que fez sentido, vem, me prende, me atormente fora da minha mente e diga pra mim:

"Hey boy, fez sentido sim! ;)"

domingo, 12 de setembro de 2010

Times Like These

(paródia/tradução/adaptação dessa música >>>> http://www.youtube.com/watch?v=7B--3cId-YE )

(Intro D / D6 )

D Am7
Só... só te peço mais um passo
C9 Em7 D (D/D6)
Só mais um pouco... e estaremos já seguros
D Am7
Só... só vá seguindo em frente
C9 Em7 D (D/D6)
Aguente firme, que já estamos quase lá.

C9 Em7 D -
São nessas horas que é pouco que te sobra |
C9 Em7 D |
São nessas horas você vê que a vida importa |
C9 Em7 D | REFRÃO
São nessas horas que você entende e chora |
C9 Em7 D |
São nessas horas... que as horas vão embora |
-

D Am7
Eu... eu sei que é mais difícil
C9 Em7 D (D/D6)
Sei porque também me sinto dividido
D Am7
Em... entre lutar um pouco mais
C9 Em7 D (D/D6)
Ou aceitar que tudo um dia se desfaz


D / D6

ô ô ô

REFRÃO x2

D/ D6

ô ô ô

REFRÃO.

- x -

Quem conseguir cantar/tocar e ficar bonitinho, grava um vídeo aew.

ps: Maldito seja o blogspot. Eu tô arrumando os acordes certinho onde cai a mudança com a tradução e a porra do blogspot desconfigura na hora da postagem ¬¬"

Alguém sabe resolver isso?

Intervalando.

Estou deitado, olhando pro teto. No rádio ao meu lado, toca Wonderwall, do Oasis.

Noel canta:
"By now, you should somehow
realize what you gotta to do"

Eu entendo:
"Você já deveria ter percebido o que deve fazer."

Mas não percebi, ainda.

Noel continua. Eu olho pro teto e fico na mesma frase. Está frio, mas não é o frio que incomoda.

O que incomoda é que eu queria escrever alguma coisa, que não fosse sobre carência sufocante, arrependimento doentio e solidão impossível de lidar que todo eu lido.

Me reviro na cama. A música cresce enquanto eu vou diminuindo perto dela. Pensando nela. Ela, no caso, não é a música nem a minha vida.

Vai ser uma merda durmir. O que eu fiz?

A música acaba.

A música acaba comigo.

A Situação

Era madrugada. O turno de Marion estava quase no fim. Últimas rodadas de carro pelo centro, só pra cumprir horário antes de bater o ponto e ir pra casa durmir. Em sua cidade, normalmente nessas horas nada acontecia. Cidade pequena metida a cidade grande, era assim a cidade onde Marion morava e vivera por toda sua vida. Não chegava a 50 mil habitantes, ainda se via cavalos e carroças dividindo a rua com Vectras e Sienas, ainda tinha uma tradição meio que de todo mundo conhecer todo mundo, ainda era uma roça asfaltada.

Marion estava na carona do carro com o braço apoiado na janela aberta, e ia observando as ruas por onde passavam todas as noites. Via o cinza da rua se mesclar com o amarelo das luzes dos postes, como sempre. Via as lojas; loja vazia, loja fechada, loja fechando. Via os bares; os bêbados conhecidos, cada vez mais parecendo cansados, não eram perigo algum.

Passando com o carro na frente dos becos sem saída, Marion foi encarando cada beco mal-iluminado. Quando acontecia alguma coisa pra Marion sair do carro, eram nesses becos.

Marion tinha até apelidado os becos... Um é o da chagas, outro o do reggae, outro era o da escola.

Pediu pro seu parceiro, quando chegaram na frente do primeiro beco:

- Rodrigo, reduz aí no chagas.

Haviam três garotos no beco das chagas. Marion não conhecia nenhum dos três. Não tinham mais do que 15 anos cada um deles.

- Encosta aí, Rodrigo. Isso não é hora dessa mulecada estar na rua.

Um dos garotos, o único com casaco, estava de pé. Os outros dois estavam sentados com as pernas cruzadas, como japoneses. Pareciam estar só conversando.

O carro parou. Marion saiu do carro, com a mão na arma pra impressionar.

O garoto de casaco o olhou.

E chutou com violência a barriga de um dos garotos sentados.

Essa é a situação.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Adiando o Encontro

O policial vai encontrar o muleque, vai brigar, vão discutir, não vai ser emocionante, vai ter lição de moral, vai ser uma anti-lição, vai ser uma coisa babaca, que antes parecia uma boa ideia, vai sair nesse fim de semana, quando eu tiver café e paciência e música tocando, assim que vai ser.

Tá nessa ou não tá?

(como um sinal de vida faz falta)

Tô ficando maluco, não quero falar mais nessa história.

Queria vê-la. Revê-la.

(como um sinal de vida... faz falta)

Hoje esqueci meu talento, lembrei do meu maior defeito e fui escrever.
Você não conhece meu talento, conhece? Você me conhece? Se você me conhece, me detenha, segura minhas mãos, não deixe elas se moverem e fazerem as palavras aparecerem assim.

Não queria que esse espaço fosse um desperdício. Mas acaba sendo, quando eu olho e me convenço de que é assim que é. Eu releeio (desperdício) que escrevi (desperdício) e não soube (desperdício) dizer na hora (desperdício) na cena (desperdício) você indo embora (desperdício) e ficou nisso.

Ah...

Deixa eu reconstruir a cena... tinha uma rodoviária, era cedo.
" O que você tá fazendo aqui?"
"Não sei."

Deixa eu cortar esse não sei e dizer outra coisa. Não era isso, eu sabia o que tava fazendo. Seguindo os dedos, o coração, o instinto, a alma, o inferno que seja lá como você chame isso.

Essa coisa de ir, por querer ir. De ver, pra ver, só pra ver.



Mas...

Ah, a cena não morre aí. Quatro horas depois, um beijo na nuca, um abraço, outra despedida. A cena poderia ter sido um simples beijo e um "por favor, fica".

Mas...

E um café. E ela. E uma pergunta.

"Algo que você queira comentar?"

O mundo pra comentar, eu só tenho um mundo inteiro de comentários. Eu já sei porquê, mas quero saber porquê. Quero perguntar se vai ser assim, quero perguntar no que você pensa quando diz "ele me lembra você. você parece com ele". É exagero, tanto exagero, que dá vontade de dizer "me abraça" até mesmo quando você tá me abraçando. Quando vocês estão me abraçando.

E esse sentimentalismo vai, eu ainda faço um texto em homenagem a duas músicas dos Ecos Falsos. "Sobre ser sentimental" e "Nada não".


Pro inferno. Saiu grande demais, e não é nada demais.

domingo, 5 de setembro de 2010

O Garoto

Meu nome é Danilo.

Me chamam de Dan.

Meu nome é Danilo e eu lembro da primeira vez que tomei um esporro. Não lembro quantos anos eu tinha, mas era novo o suficiente pra ainda ter as bochechas apertadas pelas moças e senhoras. Era novo ainda, meus coleguinhas de classe ainda andavam com mochileiras e lancheiras e os pais ainda tinham que os buscar na escola.

Eu estava pisando. E ganhei esporro por isso, só por isso.

Okay, pra vocês que ligam pra essas coisas, tá, eu não tava só pisando. Era o pescoço de um garoto que eu pisava.

Mas mesmo assim, eu só estava pisando.

Era engraçado como a professora agiu como se fosse uma cena assustadora, um cena bizarra, pitoresca. Não tinha nada demais, mas eu não sabia expressar isso.

Eu era só um garoto sendo alfabetizado que pisava no pescoço de outro garoto.
Não tinha motivos pra eu não fazer isso.

E falaram, me levaram pra mil lugares, pra mil pessoas diferentes falarem comigo.

E me incentivaram a falar, mas na verdade, não era pra me ouvir. Era pra tentar me provar que eu estava errado.

Ainda bem que não funcionou.