Rascunhos de poemas feitos na aula de Braille

Ela quicava
E tudo girava
E tudo gritava
Depois dissolvia

E ela, exausta
Perguntava da alma
E eu nada dizia

Nada diria:
Que pra ela era pecado
Pra mim era magia
O que ela havia negado
Eu não poderia

Eu era sentimento
Ela, infelizmente
Não sentia
Eu nada dizia
Que eu diria?

Não bastava
Nada serve
Quando é a pele
O que rege
A palavra.

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Olha esse cara
Como esse cara é
Sentou-se no vaso
E sentiu-se maomé
Foi chutar o balde
Arrebentou o pé.

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Era ir pra rua
E começava o temporal
Aí eu adoeci
Fui parar no hospital
Eis que a chuva parou
E voltou o carnaval

O azar me ama
Eu, na minha cama
Sentindo dor;
O carnaval passando
Só melhorei quando
O carnaval acabou.

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