domingo, 17 de julho de 2011

Você realmente acha que eu não penso nisso? Ai, ai. Tão inocente, tadinha. Sempre, baby, sempre, que eu caio bêbado na cama, e olho pra porra do teto, eu penso nisso. Aquele mesmo pensamento sangrento: "Porra, Deus, eu sou a merda de um apaixonado, ou um doente? Um obsessivo?!"

E você acha que eu gosto disso? Cara, eu luto contra isso. Com tudo que posso. Copos de cerveja, doses de uísque, distrações cavalares com jogos inúteis, leitura, música, arte, literatura... Eu vou enfiando as coisas pela minha cabeça, pra ver se aquela máxima maluca da física, de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, vale de alguma coisa em matéria de amor...

Mas eu, mas eu... eu sei que estou errado. Por isso eu desacelero o passo, por isso eu abaixo a crista, por isso eu ignoro e acalmo. Por isso que eu não sei rezar: eu não preciso de palavras repetitivas e sem sentido pra ter paciência. A paciência vem - mal ou bem - ela me vem. Eu me acalmo, sossego, digo ok. Okay. Não é hora, não é. Somos amigos? Continuemos assim.

Aí a cama aperta, o teto roda, o terror cresce. Vai ser assim... pra sempre? Eu daqui, imaginando mil coisas, e você aí, fazendo s... blá, deixa pra lá.

Eu não sei o que estou fazendo aqui... acho que vou dar uma volta.
É, uma volta pelo mundo que não consegue competir com ti.

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